Atualmente a preparação física de lutadores é algo notável! É comum vermos os grandes nomes do MMA lutando três round´s de 5 minutos batendo e apanhando o tempo todo, e quando acaba a luta ainda estão de pé e sorrindo! No mundo real das academias, nós alunos, muitas vezes não aguentamos nem três minutos de combate. Mas como aperfeiçoar o treinamento para chegar próximo a este desempenho?
O primeiro ponto que devemos nos atentar é ao ponto de partida. Nem todos estamos começando do zero. Por isso ser avaliado por um profissional é fundamental para não perdermos tempo com treinamento desnecessário. A partir do momento que encontramos a realidade sobre nosso corpo começamos com especificidades. Um boxeador não terá o mesmo treino que um lutador de jiu-jitsu, o que não significa que não treinarão alguns movimentos em comum. Neste caso, as intensidades de alguns exercícios vão variar de acordo a especificidade de cada um!
O segundo ponto é programar o ciclo deste treinamento. Todos já devem imaginar que o ápice da forma física não dura o ano todo. É preciso programar quando atingiremos o ponto alto, onde estaremos “voando”. Qual competição focar é fundamental para um bom desempenho. Vale lembrar que um atleta de alto nível tem uma agenda pré-determinada com os compromissos, e segue a risca estas datas. Não vemos atletas profissionais participando de campeonatos locais ou lutas combinadas fora de seus calendários. O ciclo de treinamento é algo muito importante e deve ser seguido a risca, pois é através desta programação que o desempenho vai crescendo. Outro ponto importante dentro dos ciclos, são os momentos de descanso, que não devem ser confundidos com dormir numa rede ou férias geral!!! Alias, um atleta vive do corpo (sua máquina), esta não pode ser deteriorada em função das férias. Para um lutador as férias são momentos de descontração emocional e descanso fisico, seu corpo precisa de cuidados para não sofrer na volta aos trabalhos. Os descansos também são programados e o treinamento foca recuperar as fibras musculares e o estresse sobre as articulações e tendões.
Outro ponto muito importante é a alimentação. No Brasil ainda temos muita dificuldade de encontrar especialistas que entendam do assunto e que se preocupem com o atleta amador. Apesar de sermos uma potencia na formação de especialistas na área, não temos para o publico em geral profissionais que possam ajudar o atleta amador a preparar uma boa dieta para contribuir com o treinamento! Neste ponto vale lembrar que não estamos discutindo ser a favor ou contra suplementos, ou desta ou daquela linha de trabalho, e sim que um atleta mesmo que amador precisa de quantidades adequadas de nutrientes para o treinamento e para o pos treinamento. No quesito alimentação o atleta amador deve estudar muito. Pois cada individuo tem sim uma necessidade diferente e a alimentação pode variar muito: de individuo para individuo; na fase do treinamento; e na especificidade do treinamento. Neste ponto muitos especialistas em nutrição desconhecem os treinamentos dos atletas (força, velocidade, perder peso, ganhar peso, etc.), podendo assim cometer um erro grave, onde a falta de um nutriente pode ocasionar enfraquecimento do atleta que virá a ter sintomas de super-treinamento. Portanto com alimentação é necessário ter sempre alguém de confiança que entenda do assunto e conheça seu treino!
Vale lembrar que se você se prepara para ser um competidor e quer fazer bonito, tudo o que pode ser ruim pra você será lhe oferecido na rua. E o que vai ser bom está com seus mentores! Então, não beber, dormir bem, não usar NENHUM tipo de droga será fundamental para manter seu corpo preparado para receber a carga de trabalho necessária para atingir seus objetivos.
Um bom treino para todo.
por Lucio Santalla
Prof. Educação Física
Especialista em Fisiologia do Exercício
Especialista em Comportamento Humano
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