Milenar arte marcial oriental, o Jiu-jitsu, antes de tudo, não é um esporte. Oriundo da Índia e desenvolvido no Japão, o Jiu-jitsu é um sistema de combate real. Todos os seus golpes tendem a neutralizar um combatente inimigo, matando-o ou deixando-o aleijado.

A trajetória do Jiu-jitsu, atravessando a época feudal japonesa, atingindo fases mais modernas e chegando até nossos dias, tornou-o a luta mais completa e perfeita que se poderia imaginar. Para que se pudesse praticá-lo sem que houvesse a possibilidade dos lutadores se machucarem, foram introduzidas apenas duas regras: a primeira bania todos os seus golpes traumáticos, socos e chutes; a segunda permitia ao lutador que quisesse render-se, dar umas batidinhas no chão ou no corpo do adversário, e este seria obrigado a largá-lo imediatamente.

Dessa forma, o Jiu-jitsu tornou-se não só a luta mais completa e eficiente da Terra, mas a mais segura, pois era o próprio lutador que estabelecia os limites da sua resistência e dos ataques de seu adversário.

Trazido ao Brasil em 1913 por Mitsuyo Maeda – o Conde Koma -, o Jiu-jitsu desenvolveu-se como arte marcial de âmbito nacional, mas infelizmente sofreu sérias modificações, pelo menos a nosso ver. Os lutadores pararam de lutar em pé; uma série interminável de proibições mutilou gravemente sua grande quantidade de golpes; e um sistema de pontuação foi introduzido na decisão dos combates.

A Arataba Jiu-Jitsu, devido à sua filosofia, procurou manter intactos os ensinamentos que Mitsuyo Maeda trouxe para o Brasil, além de pesquisar profundamente o Jiu-jitsu, resgatando quase tudo o que Maeda deixou de transmitir.